terça-feira, 28 de dezembro de 2010

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Essa coisa do amor e dos gajos

Se existe, não sei onde pára! A verdade é que não me parece mero acaso rodear-me de gente que prefere ter uma relação sólida por alguém que não ama como já amou, ou por pessoas que fazem tudo para não se apaixonarem, nem que seja experimentar uma boa noite de sexo com quem quer que apareça à frente.
Já me aconteceu, e não foi assim à tanto tempo. Confesso que secalhar até o queria, antes de ter o imprazer de o experimentar.
Para que percebam, a minha faculdade faz parte do ensino privado, como tal, todos temos uma noção, pelo menos, dos alunos que frequentam o nosso curso, embora não profunda e nem sempre seja fácil conhecer toda a gente.
Ora, no meu curso, há muita aula prática. Boxers, ora justos, ora apertados, soutiãs e calções curtos.
Ele há tatuagens, músculos, banhas, mamas, sem mamas, vincos sensuais.. Há de tudo!

Mentiria eu e qualquer pessoa se disesse que nos passa ao lado. Não passa, pelo menos agora, não passa. Talvez com o tempo, a experiência, os anos, a frequência isso mude, mas o fascínio por apreciar corpos, para mim, parece-me que nunca irá mudar.
Aprendi a lidar com a nudez como algo normal, mas nunca de forma indiferente. Um gajo bom é e será sempre um gajo bom, ainda que a cara seja um nojo e esteja longe de ser um principe.
Foi assim, aliás que o conheci, de boxers, a servir de boneco para avaliar a sua cervical.
Não era um principe, mas tinha um corpo quente.. Musculado, alto, tatuagem no inicio da sua torácica.. alguma pergunta?
Conheci-o e foi surpreendente.. aquelas tangas do costume! Primeiro mostram-se super simpáticos, interessados, uns autênticos amores! Depois vem a parte pior, quando nos tentam comer, a tanga para poderem ir até nossa casa, levar-nos a casa.. buscar-nos em casa.. ver um filme em nossa casa.. até que querem pernoitar em nossa casa.. pensando que vai acontecer.

Se há coisa que me orgulho de ter é capacidade de "lixar" os planos dos gajos.. Se eles querem sexo ali e agora, vão ter tudo menos sexo ali e agora. Ora foi exactamente isso que aconteceu.. começou no filme, passou para o beijo, e mais uns quantos amassos até que .. PI-PI - PAROU !
"É por isso que eu não quero namorada, nunca vos percebo.. " - Descobri a careca.

E o amor existe? Onde anda tu? E HOMENS? Há??

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Para a minha irmã

É natal. Como sempre há azevias por todo o lado, uma mãe atarefada e ora sorridente, ora resmungona, um pai atrapalhado na compra do presente, a tua irmã entre aqui e acolá. Como todos os anos, há presentes debaixo da árvore, árvore que costumava ser feita por nós , um presépio que perdeu vida desde que deixaste de ser tu a fazê-lo. É natal mas sinto-te inevitavelmente a falta. Para tudo há sempre uma primeira vez, e sempre julguei que esta primeira vez nunca chegasse, ou se chegasse, seria daqui a muitoo tempo. Nunca pensei ou sequer imaginei um natal sem ti. Sabes que ainda me lembro de ser criança? De escrever contigo a carta ao Pai Natal, de te ver a embrulhar presentes, de te ver vestida de Pai Natal a tentar, sim tentar, que eu acreditasse que ele realmente existia?
Ainda me lembro de me surpreenderes sempre, sempre com os teus presentes, e não me recordo de uma só vez que não tenha gostado, embora isso não seja passado, mas presente. Por mais que, no fundo, para mim, para ti, o que importa é o que sentimos, a magia do Natal não está nos presentes, está em nós.
Vou sentir a tua falta, melhor, vou sentir mesmo muito a tua falta. Adoro-te ! Feliz Natal meu amor :)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Tão e ele tem mel é?


Normalmente lindo super bem com a relação de amigos com amigos, e apesar de ser muito insegura, desconfianda e algo ciumenta, tento camufla-lo ao máximo, digamos antes, até certo ponto. Não admito facilmente o meu interesse por alguém, ou que alguém me chama a atenção, mas quando o faço, parecem abelhas à procura do polén, funcionam como imans as "amigas" que tentam aproximar-se. Odeio isso.
Não dá. Não somos compativeis portanto. Coisas que eu não gosto é de "amigas" pegadiças. Género : "Temos falado e gosto de falar com ele.. "
"A sério? Não o conheço.."
"Yap, é super fixe.. "

No dia a seguir, há tema de conversa, gargalhada, a boa da provocação!
E quem me manda a mim falar o que não devo? Quem me manda a mim abrir a boca em vez de mantê-la da única forma que a encontro decentemente oportunista, calada. Completamente cerrada.
Vá fiquem com eles todas atiradiças, eu estou out !
"Passo os dias a fingir que sou feliz sem noticias tuas."

Margarida Rebelo Pinto
"Estou cansada de sonhar, de desejar, de te querer e não te ter, de nunca saber se pensas ou não em mim, se à noite adormeces com saudades no peito ou te deitas com outras mulheres. Depois de todas as palavras e de todas as esperas, fiquei sem armas e sem forças. Sobra-me apenas a certeza de que nada ficou por fazer ou dizer, que os sonhos nunca se perderam, apenas se gastaram com a erosão do tempo e do silêncio."

Margarida Rebelo Pinto
"Pensei que um ano sem o ver e mais de um ano sem dormir com ele eram suficientes para o esquecer."
Margarida Rebelo Pinto

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Coisas da minha cabeça


É incrível o que eu sinto quando algo de bom ameaça acontecer, não sei se é dom ou destino o facto de dar a volta à situação e ela acabar sempre da pior forma.
Sim, estou a falar também de homens.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

TENHAM CUIDADO, ELE É PERIGOSO, ELE É O OSCAR 'TACUARA' CARDOZO!


Vá fofinho, não me desiludas tá? (oh meu grande filho da mãe, se tu hoje não me marcas uma boa meia-dúzia, estás feito , tá?)


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sinto-me na plena merda. Quanto mais gajos conheço nesta vida, mais certezas tenho de que são todos iguais.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vivo a mil à horas, às vezes, até mais. Num dia vivo fechada, isolada, só quero o silêncio e a solidão que nunca tenho. No outro, secalhar, vou precisar de ti, de um abraço, de um carinho, de um sorriso, da chuva lá fora a cair e de sentir-me humanamente aconchegada. Talvez precise de mais, mais que nem sempre sei dar, mas preciso de senti-lo. Sentir um ligeiro e ténue aproximar, com a leveza de uma pena, uma mão suave, que , de vez em vez, vai tentando uma aproximação, uma reacção minha.
Preciso de chegar, preciso de partir.
Gosto de imaginar que quando voltar, vou ter-te ali, e tu, e tu.. Principalmente tu. O meu maior desafio enquanto pessoa. Imagino como seria se fossémos diferentes.. Se pudesse aproximar-me do teu rosto, tocar-te sem dar qualquer justificação, apenas porque sim, porque quero tocar-te, sentir os contornos, mais ou menos perfeitos, olhar-te nos olhos, reconhecer-te de olhos fechados. Penso, como seria se me abraçasses, se me mostrasses o que sou, o que faço e para que sirvo em ti , na tua vida. Gostava que uma vez, fossémos diferentes.. Unidos, sinceros, meigos, doces, ténues, francamente adorava sentir o conforto da tua calma.. Sentir que o teu mundo, afinal, tem lugar para mim e que não sou só mais um objecto de uma parte da tua vida, uma conhecida que te conhece melhor que ninguém.
Não sei explicar o que sinto por ti, é algo perfeitamente inigualável. Às vezes, vivo contigo entre o ódio e o amor. Entre o sonho e a realidade. Pergunto-me o que és, o que me fazes, porque sou como sou contigo.
Não te amo, e ao mesmo tempo, morro de amores por ti.
"Aqueles que passam por nós nunca vão sós. Deixam um pouco de si e levam um pouco de nós."

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ainda me lembro dos teus beijos, do teu toque, de sentir a tua respiração no meu ouvido, lembro-me de te tocar, do teu calor, de suar, de te abraçar, lembro-me de ti.
Podia dizer que não me fazes sentir nada, mas fazes, alteras os meus sentidos, fazes-me encarnar uma outra qualquer personagem e deixar-me levar pela loucura do teu corpo.
Tenho saudades, não por gostar de ti, mas pelo que causa em mim. Tenho saudades de ter todo o tempo do mundo para me divertir contigo, de estar contigo quando e como queria, da forma camuflada como conseguiamos reagir, o desconhecido, o proibido, o segredo, encantou-me!

Talvez ainda te volte a provar..

sábado, 20 de novembro de 2010

Uma aposta?


Deveria jogar, jogar-me de cabeça nas relações, relações de uma noite, relações de um dia, relações de uns tempos, por uns momentos, por sexo, por prazer, por atracção ou talvez porque sim, porque é cobiçado, porque é diferente, representa uma experiência, na cor, no tamanho, nos olhos, nos lábios, nos piercings, tatuagens, no carro, o que for.
Bastava sentir o território firme que permitisse jogar a primeira cartada, dava o ar da minha graça, um beijo, muitos beijos, um susurro, algumas palavras.. estava feito!
E era só a primeira cartada.
Ver em que pé estaria o jogo, se me era permitido continuar a jogar, ou se, por outro lado, deveria repensar a jogada e ver as cartas que ainda tenho no baralho, de que forma posso, ainda, arriscar ou safar.
Em caso de safar(-me), pode sempre dar-se a desculpa que foi o momento, dizer que foi um impulso, que secalhar confundi as coisas, que não é bem nesse sentido, ou secalhar esse discurso é demasiado mórbido, demasiado tipíco e deprimente, talvez, em vez disso, um choradinho acompanhado de um "desculpa, sinto-me sozinha, e pensei que entre nós desse.. gosto de ti". Não, não é arriscar, pode ser apenas uma rasteira de jogo.. Nem sempre as frases proferidas são verdadeiras, pelo menos no exemplo masculino, porque não jogar o jogo deles por uma vez?
Caso essa nova cartada não resulte para arriscar, no dia a seguir, podemos tentar uma cara nova, um sorriso fingido, uma abstracção, como se nada daquilo tivesse acontecido, e mostrarmos-nos noutra. Uma normalidade é tudo o que uma mulher tem de mostrar em caso de rejeição, ou talvez não, talvez seja demasiado óbvia a teoria do desprezo. E se tentar mostrar-se triste? Nunca mudando a simpatia, a disponibilidade, o toque, o carinho, a preocupação?
Tudo depende do tipo de jogo que jogámos desde do ínicio, e com quem jogamos. É uma questão de cartas, de arriscar e aprender a safar.

É este o amor de hoje?

Secret Story

Eu até nem sou destas coisas.. Éu até jurava que não me apegava a isto. Eu, sinceramente, estava longe de me imaginar colada ao ecrã, mas já que comecei..

Qual destas 3 tem mais estilo para ir de braço dado com as "mazonas" até à 'Tia' Juju?


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eu e o Absinto? A Estagiar? Com deficientes mentais? A dormir debaixo do mesmo tecto? Não.. deve ser um sonho e eu preciso de acordar rapidamente !

domingo, 7 de novembro de 2010




Tem dias que sinto saudades de estar em casa, na minha casa. Acordar , ir à varanda e sentir o fresco da manhã, mesmo estando sozinha naquela casa que é demasiado grande só para nós.
Lembro-me de acordar com o meu pai, de o ouvir levantar-se da cama de madrugada e chorar, sim, chorei, tantas e tantas vezes por sentir que o fazia por mim, por nós, pela nossa família, pela nossa vida, pela nossa estabilidade. Lembro-me de não conseguir dormir mais, de o ouvir a levantar-se, a ir à casa-de-banho, a vestir-se e a descer as escadas, para mais um dia.. Um dia que começa, ainda hoje, antes das 6 da manhã.
A minha mãe, dava por ela quando voltava da cozinha, depois de ter tudo arranjadinho para o meu pai levar para a pastelaria. Os pásteis, os mistos, os rissóis, as azevias e as filhozes. É raro quando não faz azevias e filhozes, por muito que tente guardar para a epóca natalícia, as clientes imploram, e a minha mãe não resiste. Sei o que é. Também já fui eu em vez dela, durante tanto tempo, em cada falta dela era eu que a substitui-a , era eu quem fazia o papel de dona de casa.
Custa-me sentires-lhes a falta, mas sempre soube que seria assim, nunca pensei que a distância só me trouxesse coisas boas, a liberdade, a responsabilidade, a consciência e ausência deles, nem sempre é boa.
Os meus pais são o meu pilar, aquilo que tenho e que sei que vou ter sempre, mesmo que seja uma besta, mesmo que resmungue, mesmo que chore, mesmo que engorde ou emagreça, que não me apeteça fazer nada sem ser dormir, que me queixe, até mesmo que parta o espelho do carro, são eles, estão lá, sempre..
É horrível sentir a falta deles, sentir a falta dos mega abraços de pai, do café maravilhoso que ele tira, sentir a falta da mãe que está sempre com a mania das limpezas e das arrumações. Sempre soube que os meus pais são os melhores do mundo, à sua maneira, mas são. Nunca foram perfeitos, nem eu o fui, nem nunca serei, mas sei que os tenho, ainda que conservadores e preconceituosos em muitos assuntos, são os meus pais, não os escolhi, tive-os e com muita sorte!

sábado, 6 de novembro de 2010

"Uma mulher nunca pode dar o flanco. Deve antecipar-se sempre se está para ser deixada, então deve ser ela a deixar primeiro, assim sai sempre por cima. Há muitos gajos por aí à solta, é só dar um pontapé numa pedra e aparecem logo uma série deles, por isso há sempre... alguém para ir almoçar, beber um café, ir ao cinema ou beber um copo. É tudo uma questão de organização, de gestão de recursos humanos: colegas de empresa, amigos de amigos, tipos que já andaram atrás de nós e a quem não demos bola na altura porque tínhamos namorado ou estávamos casados, amigos dos irmãos, irmãos dos amigos, antigos colegas de faculdade, amigos de verão, é só puxar pela memória e pegar na agenda.
E ainda que uma pessoa se sinta triste e sozinha, nunca o pode mostrar. Não aos gajos. Para isso é que servem as amigas. Para isso e para nos passarem gajos."
 
Margarida Rebelo Pinto, in "Português Suave"
Então e se em vez de estudar neuro-muscular me desloca-se até ao Bairro Alto? Se em vez de ficar em casa, sai-se e anda-se por ai? Se em vez de estar aqui , estivesse, realmente, a estudar?


Estava bem melhor, mas não seria a mesma coisa.

Sobre mim - 2#


Ouvi dizer que há homens que não gostam de mulheres fumadoras, deve ser por isso que continuo solteira.

Sonho-4#





Quando cheguei a casa corri para o computador.. O Vasco tinha-mo pedido..
Contou-me que tinha estado com amigos, num jantar de aniversário, tinha conhecido muita gente nova, e uma rapariga, tinha-lhe chamado a atenção.. Era loira, olhos claros, e chama-se Joana. Sempre odiei o nome Joana, parecia que todas as Joanas se metiam num meio onde eu podia ser feliz..
Perguntei o que tinha acontecido, contou-me que apenas um beijo tinha acontecido, e que só queria ver até onde é que a "gaja" ia. Apoiei , mas consciente que aquilo iria dar mais do que uma mera curiosidade, e eu estava feliz por isso.

Passado uns meses, voltaram a ver-se, e aconteceu o inevitável, começaram a estar juntos, passou de uma mera curiosidade a um carinho especial, tornou-se amor, e um namoro que juraria que nunca acabaria.

Estavámos em Fevereiro, ou talvez Janeiro, quando soube que viria a Lisboa em Março, dia 4, e aí, teria uma oportunidade para conhecer e estar com o Vasco pela primeira vez!

Eu e o Vasco tínhamos combinado conhecer-nos nessa mesma oportunidade. Continuamos a ser amigos, mesmo depois de ele começar a namorar, o que, para mim, foi uma prova de que erámos verdadeiros amigos, ou talvez não.. De qualquer forma, a risota e a brincadeira continuou..
Na altura o que estava a dar era o Hi5 e não o facebook como agora. Lembrava-me de ele me contar que adorava o Garlfied, e como tal fiz-lhe um comentário inocente para quem nos conhecia:

"meuu garlfield para ti, só tenho duas palavras : MI-AU"

Surgiu um amigo a comentar o meu belo comentário, o Branco.


E pronto, fim-de-semana feito, neuro-muscular, aí vou eu!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

love it

Sonho-3#

Eu e Vasco continuamos a falar..

Em Dezembro, lembro-me de ter saído com a Filipa, num jantar de amigos, que eram dela e, claramente, nunca serão meus..
Um amigo de longa data, tinham-me sugerido que nos vissemos um dia que eu saisse, como não tinha liberdade para tal, quando a tinha, abusava, pois claro está..
Avisei-o de que iria a um jantar, e depois, talvez desse para nos vermos.Iria mentir se não vos disesse que sabia perfeitamente quais eram as intenções dele ao querer ver-me, mas, sinceramente, isso não me importava, estava à demasiado tempo sem ninguém, sozinha e infeliz no meio do Alentejo. Além de que, ele não era de se deitar fora, sinceramente, nunca percebi os encantos dele por mim. Nele só via um pequeno defeito, a altura, demasiado pequeno. Tirando isso, desde dos olhos cor de mel, até ao cabelo claro e pele macia, não havia onde me queixar.
Quando terminou o jantar, "dei o baza" e fui ter com ele. Falamos, falamos, corremos a cidade em curtos passeios.. Quando ameaçava chegar a hora h, tentei fugir. Percebi ai a enorme vontade que ele tinha em estar comigo.

-Vou ter de ir embora.. Desculpa .. (Virei as costas e comecei a andar..)
- Espera.. (correu atrás de mim.. ) Vais onde? O que se passa?
- Tenho de ir.. deixa-me ir..
-Não vás.. espera..
- Tenho de ir ..

(Agarrou-me, encostou-me à parede de uma escola primária que ali existia e beijou-me.. Sentir os lábios dele faziam-me lembrar o passado, um passado que queria esquecer, ao qual estava demasiado agarrada e talvez aquele toque ajudasse.. Não pensei mais, beijei-o fogazmente, parecia ter vestido outra personagem de outro qualquer filme para estar ali, com ele, àquela hora, naquele lugar que me era tão familiar.
As nossas línguas ligavam-se, como que em sintonia, e eu gostava disso.. a língua dele era grande e fazia-me sentir fora de mim, só num beijo. Os beijos dele pelo meu pescoço, deixavam-me com vontade de o agarrar, de puxar para mim, vontade de que me tocasse, me apalpasse, me mostrasse adrenalina.)

Pouco tempo depois, recebi uma mensagem do vasco, a pedir-me para ir para a net rápido, que queria imenso falar comigo.. Despedi-me dele, e fui embora, inventei umas mil e uma desculpas, sentia-me a acordar de um pesadelo e fui a correr para casa.
Adorei estar com ele, verdade seja dita, mas verdade também é que nunca o tinha feito, foi a primeira vez que estive com alguém única e exclusivamente por atracção física.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Um sonho - 2#



Depois do 1º Olá foi o descalabre total !

Vasco: Então Olii, que se faz?
(...)
A lembrança que guardo é da conversa ter durado até altas horas da madrugada. Sei que falamos de música, de família, de sexo, de relações, de sentimentos e amizades.
O Vasco era viciante, quando mais falava com ele, mais desejava falar, como se estivesse a descobrir os mistérios de um mundo que nunca pensei que me seduzisse, o desconhecido.
O Vasco era um pão ! Oh God! Era o tipo de rapaz que encantaria qualquer rapariga certinha com a sua doçura, não pela sua beleza , mas pelo seu charme e jeito natural. O cabelo preto, olhos verdes,  piercing no lábio e calças "ao fundo do cú" dava conta das rebeldes.
Como soube? Webcam..! Todos os dias o via, ele ligava e, simplesmente, o via a falar comigo. Se alguma vez me viu por webcam, foi apenas uma só, nunca achei piada a ver-me no ecrã, no entanto, gostava de o ver, por breves instantes mas gostava. Ele viciava-me.
Conheci-o num dia. No dia seguinte, todos os pretextos serviam para dar uma escapadela até ao computador, comparo a vontade da altura com o vício do tabaco de hoje, voava até ao pc mais perto à sua procura!
Nesse mesmo dia, voltamos a falar, à noite, e vi a noite fazer-se dia ao lado do meu computador, como se fosse a minha almofada e eu estivesse a dormir uma maravilhosa noite de sono.
Terminou quando, de súbito, escutei a minha mãe no andar de baixo a acordar e a preparar-se para a crueldade do seu dia. Parei, olhei-me e sorri. Disse-o entre sorrisos : "Vou dormir.. "

 À noite, quando chegava a casa, lá estava ele, sempre, mas na altura, ainda não lhe sabia o horário.

domingo, 31 de outubro de 2010

Um sonho -1#


Era Verão, salvo erro, Agosto, na altura, pensei que nunca mais me esqueceria do dia, a verdade é que o tempo cura e leva muita coisa, inclusive datas da minha memória, e não é preciso muito..
Eu e Né tinhamos ido à piscina, numa de estrear uma nova , inaugurada à coisa de dias.
Em conversas, como todas as conversas tipícas de adolescentes, falamos de gajos, e, consequentemente, de amores. Contou-me que namorava com um rapaz. Fiquei chocada acho que nunca tinha visto a Né a namorar.
A Né era parecida comigo, cabelos longos, hiper ondulados, secos, mais baixa que eu, mas um pouco mais gordita. Tinha uma pele clara e lisa, e as unhas sempre gigantescas. Uma maneira de andar característica e um sorriso sempre que me via. Nunca nos víamos muito, apesar de andarmos na mesma escola, e além disso, nunca falavámos muito, mas assim que chegava o Verão , eram certas as idas à piscina, fosse como fosse, estavámos lá!
Quis saber tudo !


- Tu namoras? Conta-me já oh parva!
- Chama-se Nuno.. É de Lisboa..
- De Lisboa? Mas espera lá.. como é que o conheceste?
- Por net.. ai estou tão apaixonada..
-Quê? Estás louca? Net? Oh Né.. Tens a certeza que é de confiança..?
- Claro que tenho.. já o conheço à bué.. à já dois anos.. erámos amigos, ele sempre gostou de mim..
- Hum.. nunca tinha ouvido essa história.. mas prontos..
- Logo vais à net?
- Devo ir, porque?
- Eu apresento-te, vais ver que vais gostar dele..


Não sei porque, mas nunca fui com a cara dele, mesmo antes de o conhecer, no momento exacto em que soube que namorava, odiei o namorado. Não, não foi ciúmes, inveja ou o quer que seja, simplesmente vou ou não com a cara das pessoas, muitas vezes ainda não abriram a boca, já estão à muito estudadas por mim.


Depois da piscina, voltamos para casa.. Tomei um duche, e saí. Quando voltei era bem tarde, já passava da meia-noite, mas como todos os dias era essa a hora a que ia ao meu e-mail, liguei o pc.


Né: amor, estás ai?
Oli: Sim, estou :)
Né: vou-te apresentar o meu amor..
Oli: tens a certeza?
Né: sim.. até vou ver se ele tem um amigo para te apresentar..
Oli: nãoo, a sério.. já me basta de gajos.. dispenso.. LOL, mas apresenta lá então..


Né: amor, esta é a Oli, este é o Nuno.
Nuno: prazer :)
Olii: igualmente ..
(...)
Né: Não tens por ai nenhum amigo para apresentares à Oli?
Nuno: hum.. deixa cá ver..
Oli: nãoo, deixa estar, eu ia dormir.. estou cansada.. a piscina dá cabo de mim..
Nuno: tenho, o Vasco.. está como ocupado, mas ele deve estar lá
Né: então vá.. Oli já vais.. espera um pouco..
Oli: tenho mesmo de ir..
Vasco: oi?
Nuno: Vasco, esta é a Oli, amiga da minha namorada :)
Né: olá Vasco :)
(..)
Vasco: Olá Oli :)
Oli: Olá Vasco..


(...) continua..

Sobre mim -1#

every day

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Odeio depender de algo, para a mais pequena coisa que seja, odeio estar presa e esperar por algo.
Não gosto quando, facilmente, me lembro do passado, quando o passado me faz criar monotonia, quando me bate a saudade de algo que não devo nem quero ter, quando me traz recordações de felicidade que agora não posso ter ou alcançar, junto de quem, por ironia do destino, ou por outra razão qualquer, se ficou pelo caminho que me trouxe até aqui..

terça-feira, 5 de outubro de 2010

domingo, 26 de setembro de 2010

terça-feira, 21 de setembro de 2010

AVC

Alta Vontade de Cagar

Como todas as mulheres, eu também sonho no meu cavalheiro.
Ao contrário do que possam pensar, não vivo na ilusão da perfeição, o tipíco princepe encantado, lindo, charmoso, musculado (se puder ser), cavalheiro, meigo, bom ouvinte, compreensivo, carinhoso e claro, bom na cama.
Na verdade, acho que nunca pensei para mim ninguém perfeito, pelo contrário, penso que para mim não pode, nem deve existir demasiada perfeição no outro, só assim não viverei com medo de magoar, de ser verdadeira e autêntica como gosto, de gritar, berrar, chorar, sorrir quando quero e porque quero.
Não sei definir o aspecto físico, não sou exigente, acho que me deixo encantar por demais com outros promenores da personalidade e as minhas exigências físicas ficam àquem. Claro que, não seria verdadeira se não disesse que gosto de homens musculados, altos (de preferência), morenos e olhos verdes ..
Vejo-me com alguém divertido, introvertido e extrovertido q.b., tal como com gostos e pensamentos parecidos, não iguais porque gosto de chocar de vez em quando .. vá-se lá perceber isto. Não me vejo com o boneco da Universidade, o típico cobiçador e cobiçado do sítio, mas por outro lado, não me vejo com o tipo que vive no seu canto, não consegue mandar uma boa dica ou só teve uma namorada.
Nunca fui muito exigente, sempre esperei que as relações esgotassem, só depois se encaminhavam para o fim.. Nunca soube ser eu a dizer "chega", simplesmente não me disponho.. Sou causadora da minha própria desgraça até aqui, ou digamos, apenas da minha última desgraça amorosa, concluindo disso que com a idade perdi qualidades..
Para mim mesma aconselho-me a exigir mais e esperar menos. Até lá vou fingir que ainda tenho esperança de que haja alguém que seja capaz de me fazer enlouquecer de paixão, o que nunca aconteceu..

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Carinha peugeot 405 diz-vos algo?

Pois meus caros, a mim diz-me muito!

Aqui a Oli, tirou a sua cartita à coisa de uma semana, e, como é óbvio, não podia deixar de conduzir, porque se a prática já era pouca, ainda a coisa ficaria para pior.. Ora bem, como em todas as famílias, na minha também há um carro de família, minto, dois, temos esta fantástica e maravilhosa preciosidade e algo mais inovador que para já, ainda não é importante referir.
Ora a velhinha cá de casa, serve, única e exclusivamente, para três coisas: carregamentos pesados, passeios rurais e, claro, ensinar as mulheres cá de casa a conduzir.
Entre deixá-la ir abaixo, entre meter mal as mudanças, bater contra uma parede a estacionar, hoje , temos uma novidade!, quando fui a ligar esta peróla, não pegavaaa ! Maravilhoso não é?

´
É triste, mas é verdade.. Uma pessoa passa as ricas férias a Dulcolax mesmo comendo desde do crepe ao gelado, do peixe aos legumes, dos chineses aos mariscos e agora não paramos? É que já enjoa!

domingo, 19 de setembro de 2010





Esta coisa de me mudar de malas e bagagens para a Capital está-me a encher de moscas, não é que eu não queira, não é que não goste, é que nem se põe em causa a minha continuação por aqui, mas como é que eu faço para não me esquecer de tudo? Impossível !

Eu, tu e o Miguel




Conheci o Miguel algures em Abril/ Maio, já nem o sei bem..
Na verdade, já o conhecia de visitar, frequentemente, a Pastelaria com a avó, avó essa que aproveitava de todas as vezes que me via para me falar dele, de como é empenhado e trabalhador, e, já agora, de como somos parecidos.
Achava-o bonito, não vulgar como todos os rapazes da nossa idade, ele é diferente e sempre o achei assim, como ainda hoje. Alto, moreno, olhos verdes, digamos que não é anoréctico, mas tem um corpo que me chama a atenção, talvez porque, até eu, nunca fui propriamente esquelética.

Lembro-me de o ver entrar pela Pastelaria e entre este ou aquele café, dar uma olhadela nele, não resistia, era como uma tentação, tinha de olhar! Sempre me chamou a atenção, nunca lho disse, nem sei se algum dia saberá, mas chamou.
Tinha vergonha de ser eu a atendê-lo, ficava sem jeito, não conseguia olhá-lo nos olhos, ficava demasiado evidente a minha atrapalhação, o que, para qualquer rapaz, era indicío de que podia caçar ou tentar, facilmente, aquela presa.
Voltando ao princípio..
Efectivamente, eu e o Miguel sempre nos conhecemos de vista, ou melhor, sabíamos mais que perfeitamente da vida um do outro por convivío familiar..
Para além dos episódios da pastelaria, que se repetiam ocasionalmente, pelo Natal ou quando a minha mãe precisava de mim para a substituir pela manhã, também nos começamos a encontrar no autocarro de manhã..
Incrível, chegou a chamar-me tanto a atenção que parecia louca, não conseguia pensar noutra coisa, e jurava que se algum dia o conseguisse ter para mim, não iria mais querer sair daqui, desde que estivesse com ele ..

De manhã, saía de casa e percorria um longo percurso para apanhar o autocarro com as habituais companheiras de caminho, embora tivesse uma paragem à porta de casa, casmurrisse ou não, eu preferia.
Rapidamente, em vez de apenas o ver no autocarro, passei a vê-lo chegar à paragem, à mesma onde nós apanhávamos o autocarro..

Escusado será dizer que em todos os contos de fadas à sempre umas quantas cobras ou vaquinhas que se metem no caminho...

Tudo estava perfeito, e cada vez mais sonhava como adolescente que era, em poder "conhecê-lo".
Até que, deixei de ser só eu a achá-lo atraente, uma das minhas companheiras de caminho, ao vê-lo a olhar, julgou que seria uma tentativa de troca de olhares com ela.. e, sinceramente, ao ínicio achei cómico a ilusão dela, mas nunca lhe contei nada, deixei que continuasse a pensar assim, dava-me gozo saber que não era para ela que ele olhava, era para mim, sim, porque eu sabia-o.
Lidava bem com a loucura dela, pensei que nunca a levasse a sério, como eu não levava, mas pelos vistos, tinha mais tomates que eu. Tanto olhava, tanto sorria, que eu desisti, entrava e saia no autocarro de cabeça baixa, e senti que ele se tinha apercebido que não queria mais olhá-lo, e tudo porque ela estava perdida de amores pelo encanto dele, tanto que teve tomates para lhe pedir o número de telemóvel, para lhe mandar mensagens e para me trocar pela companhia dele, todas as manhãs, enquanto esperavámos o autocarro..

Não, não resultou (YES !), ele deixou de ir de autocarro, não lhe respondeu a nenhuma mensagem e abandonou a nossa paragem para "fugir" às insistências dela. Confesso que fiquei contente quando soube, embora sempre a tivesse apoiado e ajudado, desenganhem-se se pensam que era egoísta e a queria ver mal por ela se ter metido com o "meu gajo", afinal de contas ninguém sabia, muito menos ela, nem poderia.




(continua..)