sábado, 20 de novembro de 2010

Uma aposta?


Deveria jogar, jogar-me de cabeça nas relações, relações de uma noite, relações de um dia, relações de uns tempos, por uns momentos, por sexo, por prazer, por atracção ou talvez porque sim, porque é cobiçado, porque é diferente, representa uma experiência, na cor, no tamanho, nos olhos, nos lábios, nos piercings, tatuagens, no carro, o que for.
Bastava sentir o território firme que permitisse jogar a primeira cartada, dava o ar da minha graça, um beijo, muitos beijos, um susurro, algumas palavras.. estava feito!
E era só a primeira cartada.
Ver em que pé estaria o jogo, se me era permitido continuar a jogar, ou se, por outro lado, deveria repensar a jogada e ver as cartas que ainda tenho no baralho, de que forma posso, ainda, arriscar ou safar.
Em caso de safar(-me), pode sempre dar-se a desculpa que foi o momento, dizer que foi um impulso, que secalhar confundi as coisas, que não é bem nesse sentido, ou secalhar esse discurso é demasiado mórbido, demasiado tipíco e deprimente, talvez, em vez disso, um choradinho acompanhado de um "desculpa, sinto-me sozinha, e pensei que entre nós desse.. gosto de ti". Não, não é arriscar, pode ser apenas uma rasteira de jogo.. Nem sempre as frases proferidas são verdadeiras, pelo menos no exemplo masculino, porque não jogar o jogo deles por uma vez?
Caso essa nova cartada não resulte para arriscar, no dia a seguir, podemos tentar uma cara nova, um sorriso fingido, uma abstracção, como se nada daquilo tivesse acontecido, e mostrarmos-nos noutra. Uma normalidade é tudo o que uma mulher tem de mostrar em caso de rejeição, ou talvez não, talvez seja demasiado óbvia a teoria do desprezo. E se tentar mostrar-se triste? Nunca mudando a simpatia, a disponibilidade, o toque, o carinho, a preocupação?
Tudo depende do tipo de jogo que jogámos desde do ínicio, e com quem jogamos. É uma questão de cartas, de arriscar e aprender a safar.

É este o amor de hoje?

1 comentário:

  1. FOFFY (agora é que raciocinei a parte do Olii)

    oh obviamente que não me esqueci de ti mas uma pessoa não percebe tudo 'virtualmente' pá

    tenho tantas saudades tuas, vê lá que são tantas que o meu cérebro 'adoptou' que tu estavas aqui! (é que há uma rapariga no meu curso bué parecida contigo, e passo o tempo a chamar-lhe ana :p)

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