segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vivo a mil à horas, às vezes, até mais. Num dia vivo fechada, isolada, só quero o silêncio e a solidão que nunca tenho. No outro, secalhar, vou precisar de ti, de um abraço, de um carinho, de um sorriso, da chuva lá fora a cair e de sentir-me humanamente aconchegada. Talvez precise de mais, mais que nem sempre sei dar, mas preciso de senti-lo. Sentir um ligeiro e ténue aproximar, com a leveza de uma pena, uma mão suave, que , de vez em vez, vai tentando uma aproximação, uma reacção minha.
Preciso de chegar, preciso de partir.
Gosto de imaginar que quando voltar, vou ter-te ali, e tu, e tu.. Principalmente tu. O meu maior desafio enquanto pessoa. Imagino como seria se fossémos diferentes.. Se pudesse aproximar-me do teu rosto, tocar-te sem dar qualquer justificação, apenas porque sim, porque quero tocar-te, sentir os contornos, mais ou menos perfeitos, olhar-te nos olhos, reconhecer-te de olhos fechados. Penso, como seria se me abraçasses, se me mostrasses o que sou, o que faço e para que sirvo em ti , na tua vida. Gostava que uma vez, fossémos diferentes.. Unidos, sinceros, meigos, doces, ténues, francamente adorava sentir o conforto da tua calma.. Sentir que o teu mundo, afinal, tem lugar para mim e que não sou só mais um objecto de uma parte da tua vida, uma conhecida que te conhece melhor que ninguém.
Não sei explicar o que sinto por ti, é algo perfeitamente inigualável. Às vezes, vivo contigo entre o ódio e o amor. Entre o sonho e a realidade. Pergunto-me o que és, o que me fazes, porque sou como sou contigo.
Não te amo, e ao mesmo tempo, morro de amores por ti.

Sem comentários:

Enviar um comentário