sábado, 26 de novembro de 2011

"No sossego da minha casa, onde só comunico com o mundo exterior o suficiente para me manter viva, guardo intacto tudo o que sinto por ti. Fechada para o mundo e para os outros, sinto-me cada vez mais só, mergulhada numa escuridão voluntária e estéril que me aplaca a vontade e os sentidos. Com a morte deste amor por ti, morre também uma parte de mim, algo cujos contornos não consigo ainda delinear mas que com o tempo perceberei, quando a alma apaziguada fechar as feridas desta minha dor derrotada e passiva perante o teu silêncio e a tua mascarada indiferença.
Mas é melhor que nunca mais se cruzem os nossos olhares, é melhor que a palavra adeus seja mesmo essa e não outra. Chegámos ao fim do caminho. A partir daqui todas as palavras serão inúteis.
Nunca saberei até que ponto ages com o coração ou apenas com a cabeça. Até que ponto te entregas ou apenas jogas. Até que ponto sentes e ages, ou apenas observas. E é por nunca ter sabido quem és, que um dia te conseguirei esquecer.
Sempre disse que as diferenças iriam servir mais para nos unir do que para nos afastar. Mas agora sei que não. Ao contrário de ti, não sou nem nunca serei espectadora da minha própria vida."
  - Margarida Rebelo Pinto

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Esta coisa do natal dá cabo de mim, ora alguém tem ideias do que oferecer ao boyfriend?
Era Inverno, estava um frio gelido e matador no meu quarto, quase tão frio como a brisa que abrasava o meu coração. à tão pouco tempo que me tinha tornado, pela sociedade, uma jovem adulta. Passavam apenas 3 dias desde que tinha atingido a maturidade e se não fora isso, não te teria conhecido ou talvez tivesse porque ninguém sabe até que ponto estavamos destinados. Aproveite as felicitações de ti, para mim um desconhecido que queria conhecer bem quando vi o teu rosto por fotografias daquela que é a rede social que casa ou une muitos casais.
Não me lembro do que pensei quando vi essas fotografias, sei que hoje sei o que sinto e penso quando as vejo, e nunca esquecerei , mas isso agora não interessa nada..
Perguntei-te quem eras e se te conhecia, bem como pedi desculpa pela pergunta, bem mais que planeado, mas achei o gesto anormal vindo de um estranho. Rapidamente me respondeste, e fizeste por falar, contaste que eras da faculdade, do meu curso, e apenas um ano avançado em relação a mim. Na mesma conversa me ofereceste apontamentos e ajuda. Ofereci-te o e-mail, o passaporte para a minha felicidade começava entºao nesse gesto.
Era instantanea a vontade de falar contigo apartir daquele dia. Na faculdade não conseguia aproximar-mede ti, impensavel seria falar contigo, tinha vergonha, e acho que desde do inicio despertaste tanto em mim, que parecia uma criança "acabada de crescer", que estava a viver o seu primeiro amor dito à primeira vista.
O primeiro olá foi aterrador! Não fazia ideia que eras assim, embora hoje o teu rosto para mim o denuncie. O teu rosto é calmo, branco e com um toque breve de homem com a barba, pouco, que teimas em às vezes deixar crescer ao de leve. É terno, doce, leve e meigo, rasgado por esses olhos simples e de um castanho avassalador do quanto carinho me pedem. O cabelo, quase sempre curto evidenciava ainda mais a tua idade de menino, a mesma que a minha por sinal.
O teu andar, um pouco inseguro e confuso, denunciam-te ainda mais mais!
Mas claramente isso só o tempo me contou, só o tempo me contou que tudo isso denunciava a tua timidez, os teus medos e mágoas..
O mesmo que nos juntou e nos separou!
Lembro-me onde foi, na entrada, junto do dito segurança e por uma chamada de atenção de uma socia tua de apelido. Eu disse "olá" e tu sem mais nem menos fugiste. Senti-me aterrorizada. Afinal quem eras tu? Quem és tu e o que me fizeste? Jurei nunca mais olhar para ti, muito menos falar contigo! Senti ali uma relação meramente virtual e não queria isso. Queria que fizesses parte da minha vida ou então que saisses dela sem sequer ter entrado.. o problema residia aí, já tinhas entrado nela.. e no pior sitio, no coração..
cheguei a casa e tinha um enorme pedido de desculpas, bem como uma justificação da tua personalidade que ali, no quentinho do momento e das minhas 4 paredes, me pareceram uma enorme desculpa. Desculpei que mais poderia eu fazer? Afinal era apenas o teu primeiro erro comigo, no meio de tantos mais que vieram mais tarde misturados com outros tantos meus!
A magia começou aqui..

domingo, 21 de agosto de 2011

O melhor do mundo


Adoro crianças. Desde sempre que gosto de crianças, não sei se me imagino a ser mãe, acho que não penso muito nisso porque ainda acho cedo demais, mas adoraria. 
Hoje tive o prazer de receber o meu doce Da, um rebelde jovem de 13 aninhos. No meio de massagens, beijinhos, abraços, festinhas, braços de ferro ganhos por ele, conversas de futebol e namoradas, assim que me apanhou sozinha saiu-se-me com esta:


Da- Prima, tenho uma coisa para te perguntar..

(pânico foi o que senti nesta altura.. sabe-se lá o que pode sair da boca de uma criança quando nos apanham a sós.. )
Eu- Sim Da, diz lá..

Da- Tu já alguma vez fizeste cábulas ?
(ufa..)
Eu- Ah .. Oh Dani, sabes.. Vou-te explicar uma coisa.. Toda a gente já fez cábulas e a tua prima não é excepção.. 

Da- E os teus pais deixaram?

Eu- Sabes Dani.. os pais não precisam de saber essas coisitas.. ninguém vai contar que fez cábulas.. mas toda a gente as faz pelo menos uma vez na vida.. só precisas é de pensar muito bem no que estás a fazer porque se és apanhado podes ter de lhes contar à força..mas atenção Dani, és muito novo! Não precisas disso para nada agora, quero sim que continues a estudar e nada de cábulas, estamos entendidos?

Da- Sim, eu nem sei se era capaz.. Um amigo meu fez e pôs debaixo de um taco do chão.. mas foi apanhado e a professora não lhe fez nada.. 

Eu- Eles sabem sempre Dani.. sempre.